A Batalha de La Lys, e os Heróis que não se esquecem
Corria o ano de 1917, para França marchavam os Portugueses
para irem combater na 1ª Guerra Mundial, do Concelho de Tomar partiram para
terras francesas 425 soldados do concelho de Tomar 5 destes eram do lugar do Carvalhal, felizmente
nenhum deles lá faleceu e passo a citar
- José Sereno, Soldado nº 257 3ª Batalhão Infantaria 15 4ª
companhia, Solteiro e filho de Manuel Antunes e Maria Joaquina Natural e
morador do Carvalhal da Serra Tomar embarcou em Lisboa a 19/01/1917 e
desembarcou em Lisboa 17/010/1918 na sua folha nada consta.
- Manuel de Brito soldado Condutor nº 533 3ª Batalhão
Infantaria 15 4ª companhia, Solteiro Filho de Geraldo de Brito (Já Falecido) e
Leopoldina Maria natural e morador no Carvalhal da Serra Tomar, vivia com a Mãe
(no registo diz que vivia com o pai, embora exista erro visto o mesmo já estar
dado como falecido). Embarcou em Lisboa a 19/01/1917 regressando a Lisboa
14/10/1918. O mesmo foi punido com 5 dias de detenção por ter retirado com
sacos na mão o que varias vezes tinha sido determinado
- Manuel Dias soldado
nº 207 4ª Batalhão Infantaria 15 3ª companhia, Solteiro Filho de pai Incógnito
e Maria Dias natural e morador no Carvalhal da Serra Tomar, vivia com a Mãe. Embarcou
em Lisboa a 20/01/1917 regressando a Lisboa 25/01/1919. Desaparecido em 9 de Abril
1918 feito prisioneiro e presente em 20 Novembro 1918
- Manuel Domingos soldado nº 208 4ª Batalhão Infantaria 15
3ª companhia, Solteiro Filho de Manuel Domingos e Jacinta Isabel natural e
morador no Carvalhal da Serra Tomar, vivia com os Pais. Embarcou em Lisboa a
21/01/1917 regressando a Lisboa 16/02/1919. Teve baixa a ambulância a
10/01/1918 e alta a 20/01/1918. Baixa ao Hospital a 28/02/1918 alta a
04/03/1918. Baixa ao Hospital a 20/03/1918 evacuado ao hospital a 24/03/1918
alta a 27/03/1918. Baixa ao Hospital a 16/05/1918 e alta a 12/06/1918. Seguiu
para a sua unidade a 20 de Agosto Presente a 22. Punido02/10/1918 pelo
comandante do Batalhão com 5 dias de prisão correccional por ter faltado a
instrução de13 Junho 1918 e alta a 20 Junho 1918 Desaparecido em 9 de Abril
1918 feito prisioneiro capturado em Veille Chapelle e presente em 20 Novembro
1918
- Jacinto de Brito soldado Condutor nº 521 3ª Batalhão
Infantaria 15 4ª companhia, Solteiro Filho de José de Brito e Jacinta Maria
natural e morador no Carvalhal da Serra Tomar, vivia com a Pai. Embarcou em
Lisboa a 16/01/1917 regressando a Lisboa 16/02/1918.
O comandante do CEP e quem ficou a cargo a instrução em Tancos
Foi o General Fernando Tamagnini de Abreu e Silva, nascido em Tomar e residente
na rua José Estevão em Lisboa e também O Tenente-coronel Bernardo de Faria e
Silva Natural de Alviobeira e residente em Lagos que comandava a 1ª Divisão do
CEP
A 1ª divisão do CEP esteve na linha da frente desde de Abril
de 1917, a 4 de Abril de 1918 começa a sua retira para descanso e a
substituição por forças inglesas, contundo a 6 de Abril o General Halking pediu
a Gomes da Costa e comandantes das Brigadas que aguentassem um pouco mais na
frente pois a força inglesa estava esgotada na batalha de Some…
Enfim a ordem era simples a 2ª Divisão tem de morrer na linha B
Nesta altura ficaram sob comando de Gomes da Costa a 4ª, 5ª e 6ª Brigada da 2ª Divisão e algumas forças da 1ª divisão a 3ª Brigada… estes teriam que defender a linha de 12 kms a esquerda teriam apoio da 40ª divisão britânica e a direita 55ª divisão Britânica. Gomes da Costa protestou pelo reduzido efectivo e debilitados por esgotamento físico e moral, foi acordado que o sector da responsabilidade Portuguesa seria rendido logo que possível.
Enfim a ordem era simples a 2ª Divisão tem de morrer na linha B
Nesta altura ficaram sob comando de Gomes da Costa a 4ª, 5ª e 6ª Brigada da 2ª Divisão e algumas forças da 1ª divisão a 3ª Brigada… estes teriam que defender a linha de 12 kms a esquerda teriam apoio da 40ª divisão britânica e a direita 55ª divisão Britânica. Gomes da Costa protestou pelo reduzido efectivo e debilitados por esgotamento físico e moral, foi acordado que o sector da responsabilidade Portuguesa seria rendido logo que possível.
A 2ª divisão estava na frente desde Novembro de 1917 sem interrupção,
a vida nas trincheiras não era fácil e era uma sobrevivência portugueses
misturados com ingleses numa convivência difícil pela barreira da língua,
relembrando que muitos destes soldados nem a instrução primária tinham, nas trincheiras
conviviam com frio fome e humidade e ainda tinham que aguentar sozinha a linha
12 km. A Infantaria 7,23 e 24 insubordinou-se recusando guarnecer as
trincheiras e Hanking, reconheceu o extremo desgaste das tropas Portuguesas
porque os oficiais tinham licença para ir a Portugal e os soldados não e
ordenou preparar se de imediato a rendição das tropas portuguesas. Com a nova
ordem que mandava proceder de imediato as alterações no sector de responsabilidade
da 2ª divisão Portuguesa, e a 8 de Abril as primeiras tropas Inglesas surgiram.
Foi neste momento quando se desenrolava a troca de militares na madrugada de
dia 9 de Abril pelas 4:15 no vale da Ribeira de La Lys ainda de noite e com
muito nevoeiro, que os Alemães com um intenso fogo de Artilharia e
metralhadoras que não havia Memoria, em 15 minutos destruíram todas as
comunicações por fio entre a frente de batalha e o quartel-general Português,
as 7:00 procederam o ataque as trincheiras os Alemães atacavam pelos flancos
onde estava a ser defendida a linha pelos Portugueses, com os ingleses a
recuarem deixando vulneráveis os flancos, com 4 divisões constituída por 100
mil homens avançado sobre 20 mil Portugueses e esmagavam a linha Portuguesa, o Batalhão
15 aguentou se até ao dia seguinte, a 2 divisão tinha mesmo morrido na linha B
como lhe fora ordenado por o General Haking, apesar de vários exemplos de
resistência heróica em especial pela 4ª brigada Portuguesa
O resultado desta batalha foi um desastre entre mortos e
feridos e presos e desaparecidos, nos registos observados do concelho de Tomar,
lê-se que existiu homens que ficaram até poderem sobre ataque do inimigo só
saindo quando o comando assim solicitou, outro lutaram de forma heroica mesmo
gravemente feridos e até amputados lutaram, os presos até erva ao lado das
ovelhas comiam tal era a fome que passaram nos campos inimigos onde estavam
presos, os que voltaram não vieram bem depois de tanto ataques de gases
trouxeram mazelas para a vida e recordações que gostariam certamente que
esquecer….
Registos do Comandante do CEP e do Tenente de Artilharia Ambos de Tomar
Registos do Comandante do CEP e do Tenente de Artilharia Ambos de Tomar
Combantentes do Lugar do Carvalhal
Combantente da Fregusia da Serra que morreu em combate a sua sepultura e indeminizaçao á Familia
Foi assim a batalha de La Lys